1. Os 45
anos que vão do lançamento das bombas atômicas até o fim da União Soviética,
não foram um período homogêneo único na história do mundo. (...) dividem-se em
duas metades, tendo como divisor de águas o início da década de 70. Apesar
disso, a história deste período foi reunida sob um padrão único pela situação
internacional peculiar que o dominou até a queda da URSS. (HOBSBAWM, Eric J.
Era dos Extremos. São Paulo: Cia das Letras,1996). O período citado no texto e conhecido por “Guerra
Fria” pode ser definido como aquele momento histórico em que houve:
a)
corrida armamentista entre as potências imperialistas europeias ocasionando a
Primeira Guerra Mundial.
b)
domínio dos países socialistas do Sul do globo pelos países capitalistas do
Norte.
c)
choque ideológico entre a Alemanha Nazista / União Soviética Stalinista,
durante os anos 30.
d)
disputa pela supremacia da economia mundial entre o Ocidente e as potências
orientais, como a China e o Japão.
e) constante confronto das duas superpotências que
emergiram da Segunda Guerra Mundial.
2.
Após a Segunda Guerra Mundial,
consolidou-se uma ordem político-econômica internacional que expressou o(a):
a) conflito político e ideológico entre
a União Soviética e os Estados Unidos.
b) supremacia política e militar da Europa Ocidental.
c) subordinação neocolonial dos países árabes e da América Latina.
d) liderança política mundial da China Comunista através de sua
participação na ONU.
e)
hegemonia econômica mundial das ex-nações imperialistas, tais como a Inglaterra
e a França.
3. A
URSS transformou-se, após 1945, numa das potências mundiais, tanto no campo
econômico como técnico. Um dos melhores exemplos dessa transformação é o:
a) desenvolvimento da política espacial,
representada pela viagem em torno da Terra por Gagarin.
b) desenvolvimento da indústria cinematográfica e das teorias em
torno da fusão nuclear.
c) desenvolvimento da indústria automobilística e o incremento do
sistema industrial privado.
d) crescimento do mercado interno, com o desenvolvimento de novas
técnicas de cultivo agrícola e aumento de salários.
e)
crescimento da produção agrícola em função do fim da intervenção do Estado no
setor e de técnicas administrativas americanas.
4.
"... foi um período em que a guerra
era improvável, mas a paz era impossível. A paz era impossível porque não havia
maneira de conciliar os interesses de capitalistas e comunistas. Um sistema só
poderia sobreviver à custa da destruição total do outro. E a guerra era
improvável porque os dois blocos tinham acumulado tamanho poder de destruição,
que se acontecesse um conflito generalizado seria, com certeza, o
último..."
O
texto descreve uma problemática que, na história recente da humanidade,
a) identifica as tensões internacionais durante a Revolução Russa.
b)
ilustra as relações americano-soviéticas durante a Guerra Fria.
c) caracteriza o panorama
mundial durante a Guerra do Golfo Pérsico.
d) revela o perigo da corrida
armamentista durante a Revolução Chinesa.
e) explica os movimentos pacifistas no Leste Europeu durante a
Guerra do Vietnã.
5.
Em agosto de 1961, na "Conferência
Econômica e Social de Punta Del Este", o presidente John Kennedy
apresentou aos países latino-americanos o projeto da "Aliança para o
Progresso", o qual previa, em linhas gerais, o aperfeiçoamento e fortalecimento
das instituições democráticas, mediante a autodeterminação dos povos, a
aceleração do desenvolvimento econômico e social dos países latino-americanos,
a erradicação do analfabetismo e a garantia aos trabalhadores de uma justa
remuneração e adequadas condições de trabalho. Situando a "Aliança
para o Progresso" no contexto das relações internacionais vigentes no
Pós-Guerra, constatamos que sua criação se deveu ao desejo do governo
norte-americano de
a) bloquear a acentuada evasão de capitais latino-americanos,
resultante da importação maciça de bens de consumo japoneses e das altas taxas
de juros pagas aos países integrantes do "Pacto de Varsóvia" por
conta dos empréstimos contraídos na década de 50.
b) conter o avanço dos movimentos
revolucionários na América Latina, reafirmando assim a liderança exercida pelos
EUA sobre o Continente, numa conjuntura de acirramento da Guerra Fria por conta
da Revolução Cubana.
c) desviar, para a América Latina, parte dos investimentos
previstos no "Plano Global de Descolonização Afro-Asiática", em
virtude das revoluções socialistas de Angola e Moçambique, que tornaram a
posição norte-americana na África insustentável.
d) impedir que a República Federal Alemã, país de orientação
socialista, firmasse acordos com a finalidade de transplantar tecnologia
nuclear para o Terceiro Mundo, a exemplo do que havia ocorrido no Brasil sob o
governo JK.
e)
reabilitar os acordos diplomáticos entre os EUA e os demais países
latino-americanos, que haviam sido rompidos quando da invasão de Honduras e do
Equador pelas tropas norte-americanas, fortalecendo assim a OEA.
6. Jamais a face do globo e a vida
humana foram tão dramaticamente transformadas quanto na era que começou sob as
nuvens em cogumelo de Hiroxima e Nagasaki. [...]. E de qualquer modo, a
primeira contingência que se teve de enfrentar foi o imediato colapso da grande
aliança antifascista. (HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX -
1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 177)
São
momentos marcantes da nova era assinalada pelo historiador, EXCETO
a) o
exercício de força praticado por Kruschev, em
1962, colocando mísseis soviéticos em Cuba.
b) a Doutrina Truman, de 1947, perpetuando as rivalidades e conflitos
entre os grandes impérios europeus.
c) o
prolongamento da Guerra do Vietnã, de 1965 a 1975, dividindo a opinião pública
da nação norte-americana.
d) a
construção do Muro de Berlim, em 1961, fechando a última fronteira indefinida
entre o Oriente e o Ocidente na Europa.
e) a
intervenção dos EUA e seus aliados na Coréia, em 1950, impedindo a instalação
do regime comunista no sul do país asiático.
7.
A Alemanha comemorou ontem os 50 anos desde a construção do Muro de
Berlim, quando o lado leste (comunista) fechou suas fronteiras, dividindo a
cidade em dois durante 28 anos e partindo famílias ao meio. A divisão acabou em
novembro de 1989 depois que a Alemanha Oriental abriu o muro em meio a uma
maciça pressão de manifestantes e à abertura política na União Soviética. (O
Tempo, 14/08/2011, p.15)
A construção do muro de Berlim, em
1961, visava:
a)
Impedir
um ataque militar das potências capitalistas contra a zona de ocupação
soviética.
b)
Reafirmar
a divisão da Alemanha ocorrida após a Segunda Guerra Mundial.
c)
Impedir
o fluxo de pessoas para a Alemanha Ocidental capitalista.
d)
Incentivar
o fluxo de pessoas para a Alemanha Oriental comunista.
e)
Encerrar
a polarização ideológica entre capitalismo e comunismo na Alemanha.
8. O fim da Guerra Fria e da bipolaridade, entre as décadas de 1980 e 1990,
gerou expectativas de que seria instaurada
uma ordem internacional marcada pela
redução de conflitos e pela multipolaridade.
O
panorama estratégico do mundo pós-Guerra Fria apresenta:
a) o aumento de conflitos internos
associados ao nacionalismo, às disputas étnicas, ao extremismo religioso e ao fortalecimento de ameaças como o terrorismo, o tráfico de drogas e o crime
organizado.
b) o fim da corrida armamentista e a
redução dos gastos militares das grandes potências, o que se traduziu em
maior estabilidade nos continentes europeu e asiático, que tinham sido palco
da Guerra Fria.
c) o desengajamento das grandes
potências, pois as intervenções militares em regiões assoladas por conflitos
passaram a ser realizadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), com
maior envolvimento de países emergentes.
d) a plena vigência do Tratado de Não
Proliferação, que afastou a possibilidade de um conflito nuclear como ameaça global, devido à crescente consciência política internacional acerca desse
perigo.
e) a condição dos EUA como única
superpotência, mas que se submetem às decisões da ONU no que concerne às ações militares.
GABARITO:
1- A, 2 - A, 3 - E, 4 - B, 5 - B, 6 - B, 7 - C, 8 - A
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